Algumas de minhas redações da época do vestibular...

A massa de manobra

O povo é movido pelo poder das imagens e não pelo poder da razão. Ele não tem instrução para formar um senso crítico, nem o poder público tem interesse em despertar isso.
Geralmente as pessoas costumam julgar as outras pela aparência, e assim, ignoram o que elas de fato são. Vê-se isso comumente no convívio social, quando cidadãos mal trajados são discriminados em certos ambientes, muitos até confundidos com bandidos. Além disso, a seriedade da população em escolher seus governantes. Vota no candidato encontrado à frente nas pesquisas, na ilusão de não perder o voto; ou ainda, naquele que utiliza palavras difícies, com família constituída, no vídeo, pois o julga preparado.
A escassez educacional é um dos fatores contribuintes para alienação humana. Por conseqüência, a maioria dos indivíduos tem um nível cultural baixo, não conseguem distinguir o bom do mau político, ou sequer escolher um bom programa de televisão. Para continuar a manipular essa gente, as autoridades responsáveis permanecem inertes.
Espera-se, portanto, dos órgãos públicos, mais atenção na área de educação, principalmente nas comunidades humildes; como também, que o povo desperte para a realidade na qual está inserido, sobretudo consiga enxergar os acontecimentos e pessoas como realmente são, e não como parecem ser.


A educação no Brasil

O sistema educacional brasileiro é falho. Pois a maioria dos estudantes não é estimulada a pensar. Além disso, a construção de novas escolas e o aumento de alunos matriculados não significam uma boa qualidade de ensino.
Em grande parte das escolas nacionais, o meio de aprendizagem é decorativo. Esse, não sensibiliza o educando a formar um senso crítico, nem um raciocínio lógico. Tais instituições, cujos métodos arcaicos, causam desinteresse tanto nos professores quanto nos discípulos.
As estatísticas oficiais revelam um crescimento quantitativo de colégios e alunos. Todavia, isso, por si só, é insuficiente. Pois os órgãos públicos se enganam quando visam apenas elevar esse número, sem se preocupar em reciclar a metodologia de ensino.
Portanto, o programa de educação, assim como sua transmissão, precisa ser modificado. Esses devem trazer um conteúdo útil e atrativo; com isso, as pessoas sentiram prazer em aprender e outras em ensinar.


Direito à escolha ou à vida?

A eutanásia gera muitas controvérsias. Por um lado, os preceitos religiosos defendem o direito à vida. Por outro, vem a contradição do direito à escolha, nesse caso de viver ou não. Daí resta a dúvida sobre o que deve prevalecer.
“Nenhum homem tem o direito de tirar a vida de outro ou de si. Todos os indivíduos têm a sua missão aqui na terra.” Afirma a corrente contrária á eutanásia, baseando-se na bíblia. Além disso, ela questiona sobre a possibilidade de ser alguém da própria família, se, ainda assim, a corrente favorável permaneceria com a mesma opinião.
No entanto, há pessoas que defendem o direito á escolha, como sendo primordial na vida dos seres humanos. Mesmo quando essa implica a própria existência. Afinal, um doente em fase terminal, respirando através de aparelhos, cuja opção é a eutanásia, deve ter sua decisão respeitada.
A ciência tem evoluído bastante, no intuito de melhorar a qualidade de vida da humanidade. Talvez, interromper o sofrimento de alguém possa ser encarado como uma evolução científica.


O cidadão do futuro

A má distribuição de renda gera o trabalho infantil no Brasil. E ele propicia um dos maiores problemas do país, a escassez educacional.Diante disso as autoridades responsáveis permanecem inertes.
Perante a necessidade de trabalhar para auxiliar a renda familiar, muitas crianças exercem atividades nocivas à sua saúde e ainda deixam de ir à escola. Com isso, tornam-se adultas sem perspectiva de uma vida melhor.
É dever da família, da sociedade do Estado colocar as crianças e adolescentes a salvo de toda forma de negligência e exploração. Garante o Estatuto da Criança e do Adolescente(ECA). Todavia, os noticiários contradizem o ECA freqüentemente. Seja nas carvoarias, nos canaviais ou até com a prostituição infantil.
Espera-se, dos órgãos públicos, mais atenção aos direitos da criança, fazendo com o ECA seja ativado em plenitude. Como também, a implantação de uma política de inclusão, sobretudo na área de educação. Pois o conhecimento é inerente à condição humana.


Auriana Michele